"Um café em Copenhaga" de Julie Caplin
2.5/5 ⭐⭐
A Kate vai numa viagem de uma semana a Copenhaga com bloggers e jornalistas para tentar captar o conceito de Hygge e transportá-lo para Londres, através de uma loja que vai abrir. Quando lá chega vários contratempos acontecem, ela apaixona-se por um dos jornalistas e, principalmente, pelo Hygge, que a faz querer mudar muita coisa que está errada na sua vida.
Ia com muitas expectativas para este livro e pode ter sido um grande erro. Adoro os países nórdicos, identifico-me imenso com a cultura e senti-me verdadeiramente em casa quando os visitei. Por isso ia com a esperança que este livro pudesse passar um pouquinho da Dinamarca através das páginas, e, infelizmente, não passou de todo. Esperava um livro maduro, calmo e inspirador. Revelou ser um romance demasiado jovem para eu poder gostar.
O Hygge é suposto ser aconchego, conforto, bem-estar. É um estilo de vida que valoriza os pequenos prazeres da vida como ler um livro ou acender uma vela. Basicamente é criar um ambiente tranquilo e acolhedor em casa, e ser feliz através dos momentos simples da vida.
Pensei que o livro iria personificar isto através da viagem a Copenhaga. Mas acabou por ser uma viagem tão stressante, que teve o efeito oposto ao Hygge. Os jornalistas estavam sempre a chegar atrasados, ou a não aparecer, ou a criar contas estapafúrdias na conta da empresa da personagem principal. Foi tão stressante!!! Depois do nada já estavam todos do lado dela e a importunar o colega de trabalho dela para a "enaltecer", pareceu um bocado atitudes de criança. Fazem birras, metem-se em perigo, tentam várias piadas sem sucesso. Também não gostei do romance, foi um enemies-to-lovers muito infantil, não pareceu real.
Acho que deve ser um livro muito bom para quem esteja a iniciar nas leituras, ou seja bastante jovem. Público adolescente parece um bom target. É um livro leve, sem dúvida. Eu esperava mais infelizmente.
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