"As outras mães" de Katherine Faulkner
4/5 ⭐⭐⭐⭐

Jude é uma jornalista a tentar conciliar a nova vida de freelance com a de mãe. Quando conhece as outras mães da creche, depressa fica fascinada com o mundo em que vivem, de cafés, spas e muito glamour, algo que ainda não tinha encontrado desde que fora mãe. Simultaneamente surge também a curiosidade de jornalista da ama da mesma creche que morreu, e que parece ter uma intrigante relação com as outras mães. Depressa a vida pessoal e profissional de Jude interliga-se e quando menos espera, ela já está dentro do caso que pode mudar tudo.
Se gostam de livros compulsivos, este é o livro. Se leram, como eu, há pouco tempo o livro "A criada" de Freida Mcfadden, depressa vão ficar com "medo" do mundo americano dos ricos e das suas criadas e amas.
Já tinha lido "Greenwich park" e gostado do tipo de escrita da autora, mas achei este melhor trabalhado. As personagens tinham mais camadas, ninguém parece realmente bom e isso faz-nos desconfiar de todos ao mesmo tempo, e o livro tem um crescendo tão grande que vai-se tornando claustrofóbico pouco a pouco.
Achei brilhante o facto dela conseguir encaixar um thriller com tanta tensão enquanto mostra dificuldades diferentes da maternidade em cada personagem. A Sophia começa simplesmente a história numa tentativa de integração, de uma normalização do mundo novo dela agora como mãe, e depressa a situação escala e sente um fascínio tão grande pela forma como estas outras mães encaram a maternidade, com tanto glamour, que acaba por desesperadamente querer pertencer e nunca se sente à altura. Depressa a vida pessoal dela e os seus desejos começam a misturar-se com a investigação e ela vai ficando cada vez mais embrulhada num problema que devia ter mantido à distância e de forma imparcial. Queremos muito avisá-la para parar, mas ao mesmo tempo queremos saber mais e mais.
É um livro que não perde o interesse, apenas se torna cada vez mais rápido e que nos deixa com teorias o livro todo para no final sermos completamente arrebatados. É um óptimo livro para sair de uma book slump, porque é completamente impossível parar e não saber o que realmente aconteceu.
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